A produção de seguros Vida encolheu 8%, enquanto negócio Não Vida foi impulsionado pelos conjuntos Acidentes e Doença e Incêndio e outros Danos.
Avenda de seguros diminuiu 2,5% até fevereiro face igual período de 2020, totalizando 1,88 mil milhões de euros, indicam números do setor. Em janeiro, a variação foi 2,3% negativa face a igual mês do ano anterior.
A produção, medida pela emissão de seguro direto, quebrou 8,1% nos ramos Vida no acumulado dos dois primeiros meses de 2021, para cerca de 788 milhões de euros, com com o declínio a refletir variação homóloga de -10% nos Produtos de Capitalização e de -6,1% nos PPR, acumulando respetivamente 402,5 milhões e 195,6 milhões de euros nos primeiros dois meses do ano. Os seguros de Risco Puro, terceira parcela mais significativa da produção Vida, evidenciaram estabilidade relativa (-0,6%) face ao período comparável de 2020, revelam indicadores da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), evidenciando valores negativos nos produtos de Renda Vitalícia.
No mercado Não Vida, a produção cresceu 2,0%, somando perto de 1097 milhões de euros e incremento para a generalidade dos ramos, exceto o ramo Automóvel (-0,8%, para 348,76 milhões de euros) e Transportes, o de menor peso na carteira não Vida, a evidenciar recuo de 2,3%, para cerca de 10,8 milhões de euros.
A evolução positiva em Acidentes e Doença (+2,3%, para 500,2 milhões de euros), agregando crescimentos de 5,8% nos seguros Doença (251,7 milhões) e estabilização em Acidentes de Trabalho (+0,1%), nos 222,2 milhões de euros, foi superada pelo incremento relativo, embora com peso nominal menos importante, nos seguros Incêndio e outros Danos de Coisas (+7,0%, para mais de 185 milhões de euros). Nesta categoria, a venda de seguros no segmento Habitação e Condomínios progrediu 4,5% face ao período homólogo de 2020, alcançando cerca de 97,6 milhões de euros, enquanto as coberturas para Comércio e Indústria venderam mais 14%, acumulando 70,06 milhões de euros até final de fevereiro.
No seu conjunto os ramos Não Vida representaram mais de 58% na estrutura de produção.
Quanto à distribuição, o canal bancário averbou recuo de 11,6% na entrega de produtos Vida, faturando pouco mais de 606 milhões, contra subida de 5,6% nos restantes canais, cujas vendas somaram 181,9 milhões de euros. No negócio Não Vida, os bancos contabilizaram 148,4 milhões (+1,7% face a igual período de 2020), com os restantes canais a fazerem 86,5% das vendas, beneficiando de incremento de 2,0%, para 948,52 milhões de euros.
Globalmente (Vida e não Vida), a distribuição bancária diminuiu 9,2%, representando cerca de 754,44 milhões de euros ou 40% das vendas totais de seguros no acumulado de janeiro e fevereiro.